segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O que é Flunfa?

BOTECOS
[…] E tem a história do Nascimento, que um dia quase brigou com o garçom
porque chegou na mesa, cumprimentou a turma, sentou, pediu um chope e depois
disse:
— E traz aí uns piriris.
— O quê? — disse o garçom.
— Uns piriris.
— Não tem.
— Como, não tem?
— “Piriris” que o senhor diz é…
— Por amor de Deus. O nome está dizendo. Piriris.
— Você quer dizer — sugeriu alguém, para acabar com o impasse
— uns queijinhos, uns salaminhos…
— Coisas para beliscar — completou outro, mais científico.
Mas o Nascimento, emburrado, não disse mais nada. O garçom que entendesse como quisesse. O garçom, também emburrado, foi e voltou trazendo o chope e três pires. Com queijinhos, salaminhos e azeitonas. Durante alguns segundos, Nascimento e o garçom se olharam nos olhos. Finalmente o Nascimento deu um tapa na mesa e gritou:
— Você chama isso de piriris?
E o garçom, no mesmo tom:
— Não. Você chama isso de piriris!
Tiveram que acalmar os ânimos dos dois, a gerência trocou o garçom de mesa e o Nascimento ficou lamentando a incapacidade das pessoas de compreender as palavras mais claras. Por exemplo, “flunfa”. Não estava claro o que era flunfa? Todos na mesa se entreolharam.
Não, não estava claro o que era flunfa.
— A palavra estava dizendo — impacientou-se Nascimento.
— Flunfa. Aquela sujeirinha que fica no umbigo. Pelo amor
de Deus!
(A mãe de Freud. Porto Alegre: L&PM, 1997. p. 61-2.)


Tudo a ver com o negócio...


Agora eu sou um blogger também. Mas não sei como vai ser isso aqui. Não esperem muito!!!!

Um comentário:

Pomada Elétrica disse...

Wellcome maurício.

mas que é esse tal de well?
abraço